quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

É culpa da natureza




Ok, você poderá me dizer que a quantidade de chuva que cai na cidade do Rio de Janeiro é acima do esperado para o mês de dezembro, quiçá para todo o Verão...


Você poderá me dizer que quando as obras forem finalizadas, tudo estará resolvido.

Você poderá me dizer que na final da Copa do Mundo FIFA 2014, se cair a chuva que cai hoje, não terá nenhuma cena como a da foto.

Eu posso até errar e ficarei feliz por isso, mas digo que, apesar de ser um profissional do mercado do esporte, não acredito em mais nada.

Sou como Tomé, aquele que precisou tocar nas chagas para comprovar sua veracidade.

Teremos problemas dos mais variados, mascarados e maquiados por tapumes, pinturas e planos de câmeras.

VVIPs e VIPs não passarão nem perto deles, muitos menos turistas estrangeiros.

Torço para que jornalistas e correspondentes do além mar tenham a audácia de buscar histórias fora das linhas limítrofes do campo de jogo e das redomas invisíveis dos organizadores.

No final, independente do custo, das mazelas e das falsas promessas políticas, essa Copa do Mundo será a melhor copa de todos os tempos como de praxe.

Pelos menos até a próxima ser realizada.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

No início

No início,
de todos,
está o mestre.

Paciente,
com o aluno,
orienta.

Refazendo,
seu conhecimento,
enquanto ensina.

Forma,
novos seres,
enfim.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Quinto Elemento


Canis lupus familiaris ou simplesmente cão, está ao nosso lado há mais de 100 mil anos.

Ao longo dos séculos, o ser humano domesticou e realizou uma seleção artificial dos cães por suas aptidões, características físicas ou tipos de comportamentos, onde o resultado foi uma grande diversidade de raças caninas, classificadas em diferentes grupos ou categorias, dentre as quais ressalto o beagle, raça de cães de pequeno e médio porte.

A raça faz parte do grupo hound, é similar na aparência ao fox hound mas menor, com pernas mais curtas e orelhas mais longas e macias.

Embora os cães da raça beagle existam há mais de dois mil anos, a raça moderna foi desenvolvida no Reino Unido por volta de 1830 a partir de várias raças, incluindo a talbot hound, o north country beagle, o southern hound e possivelmente o harrier.

Beagles são sabujos, desenvolvidos principalmente para o rastreamento de coelhos, lebres e outros animais de caça, possuindo um olfato afiado. Inteligentes, são populares como animais de estimação por causa de seu tamanho e temperamento.




Embora, tanto eu quanto minha mulher tivéssemos sempre convividos com cães, a raça entrou na vida da nossa família de modo muito peculiar quando compramos um novo apartamento para morarmos.

Ao chegarmos no prédio, vimos que o apartamento era térreo e na área externa, se encontrava uma pequena cadela beagle. Pois bem, os proprietários já haviam se mudado e quando os questionamos o que seria feito dela e eles nos responderam que não ficariam com ela, nossa resposta foi em uníssono para que a deixassem conosco. Assim foi feito.

A Laila, este era o seu nome, permaneceu como parte da nossa família por longo e alegres seis anos, falecendo aos onze. Fato este que mexeu muito com a nossa família e, principalmente nossos filhos e que me levaria a procura de uma outra beagle.

Após visitar vários criadores, chegamos a casa de uma médica e no momento que vimos os filhotes, uma feliz e agitada cadelinha, saltava implorando por atenção. Embora estivéssemos ali para escolher um dos filhotes, fomos escolhidos por ela. Fomos escolhidos por aquela que iria se tornar uma das melhores relações que já tivemos, de um amor incondicional e de total entrega.

Laika foi o nome que escolhemos. Como todo e bom filhote, aprontava todas dentro de casa. Sim, dentro de casa, porque, enquanto membro da nossa família, ela não ficava isolada num canto.

Roeu mesa, chinelos e brinquedos, fez xixi na sala, na cozinha, em todo o lugar. Uivava a noite porque não dormia conosco. Destruiu portas, portões e tudo mais. Mas nunca rosnou, nem mordeu ninguém sequer uma única vez, nenhuma vez. Quando mexíamos em sua comida, sentava e aguardava.

Mais crescida, seus hábitos "selvagens" foram ficando para trás e foi se demonstrando cada vez mais dedicada aos outros membros da família. Percebia quando alguém estava triste e ficava sempre por perto... Podíamos ter saído de casa por apenas alguns minutos que, sempre quando retornávamos, éramos recebidos com uma recepção esfuziante.

O tempo foi passando, e nosso querido quinto membro da família, é nosso somos em quatro e com ela cinco. foi envelhecendo sem perder o vigor até que fim do ano passado percebemos que algo não ia bem.



Nossa Laika, agora com dez anos e a caminho dos onze, estava doente, muito doente. Estava com linfoma e necessitava de tratamento imediato, quimioterapia para ser mais exato.

Foram oito meses até que hoje, após uma noite agitada, ela morreu em meus braços enquanto a levávamos à clínica. Fiz massagem cardíaca, mas foi em vão, percebi quando ela nos havia deixado.

Cães estão conosco desde a pré-história, realizando as mais diversas funções, sendo que a principal delas, sempre foi esta total entrega a família.

Não foi diferente com a Laika. Honrando seus ancestrais, ela sempre entregou carinho, atenção e dedicação sem esperar nada em troca. E, lógico, ela também recebeu o mesmo tanto de todos nós.

Fisicamente, ela se foi... Mas continuará em nossas mentes e corações sendo lembrada como alguém muito querido da nossa família, o nosso quinto elemento.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

As 3 afirmativas

Afirmativa 1.
Todo ser humano é o único e exclusivo responsável por sua imagem, pela sua voz e pelo seu comportamento, independente da influência do meio ou de outrem.

Afirmativa 2.
Todo atleta, enquanto ser humano, submete-se a primeira afirmativa. Sua total dedicação a modalidade escolhida é de sua inteira responsabilidade, independente dos resultados obtidos.

Afirmativa 3.
Todo o jogador de futebol, enquanto ser humano e atleta, submete-se a primeira e a segunda afirmativas.

Não existe outras afirmativas contrárias.

O executivo da bola [revisado]

Este post foi publicado originalmente no blog Performance_, mas permanece atual.

Dia 22 de janeiro de 2013, no jornal Bom Dia Brasil, foi apresentada uma matéria sobre os executivos do futebol e cabe um esclarecimento.

Tal função já existe há algum tempo, mas só agora ganha um destaque maior na mídia, sabe-se lá porque motivo.

Sua principal atividade sempre foi a de administrar os recursos disponíveis para se obter a melhor performance esportiva possível, ponto. E nisto, eles tem o seu valor.

Fato é que os atuais gestores profissionais do futebol, na sua maioria, ainda possuem uma visão míope, focada no curto prazo e nos resultados dentro de campo, negligenciando ações comerciais e ativações do marketing na programação das atividades na temporada.

Falta planejamento estratégico, visão ampla e de longo prazo, entendimento do mercado do esporte como parte da industria do entretenimento.

Falta tomar consciência da linguagem universal que o esporte possui, da abrangência global do futebol em específico e de quanto isto vale para o mercado.

Falta saber da necessidade dos meios de comunicação em veicular este tão nobre conteúdo para gerar audiência, atraindo marcas e ganhando por isso.

Falta estabelecer que a paixão da sua torcida não lhe é saudável, não gera um consumo significativo e que, simplesmente, vender espaços publicitários em seu uniforme o compara a qualquer tipo de mídia.

Faltam coisas que só seriam passíveis de serem percebidas se o futebol fosse enxergado por outras lentes que não as de sempre.

Então cabe uma a pergunta:

E aí, quando é que você vai trocar suas lentes?

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Extremo

As pontas,
foram esquecidas.

Novo e velho,
não existem.

Como Babel,
só a torre importa.

Onde o ter,
tem sempre vez.

Resta o nada,
ao ser que chora. 

Quanto engano

Engano 01 - Inspirado no artigo publicado pela Meio&Mensagem, que revela um panorama bem diverso daquele de outrora.
Ação da Octagon na Copa das Confederações
Crédito: Divulgação/Octagon

Eles não sabiam... Mas deveriam saber, afinal quem trabalha com marketing tem por obrigação pesquisar e avaliar a conjuntura do mercado no qual se pretende atuar, lançar um produto ou serviço.

O mimimi é geral. Principalmente, daqueles que aportaram por aqui ou resolveram abrir braços esportivos das suas agências, achando, que surfariam as grandes ondas dos grandes eventos esportivos sem terem que queimar o pé na areia de nossas praias.


Engano 02 - Inspirado na publicação do Terra.

Foto: Getty Images
O futebol sempre foi elitista. Popular, mas elitista.

Afinal são poucos os que podem jogar no alto-nível e em grandes clubes, bem como são poucos aqueles que se revezam no comando destas equipes em campo.

Poucos, dentro de um universo de uma cidade como o Rio - só para seguir o exemplo, podem ir aos estádios para assistirem seus clubes jogarem entre si em horários onde só a grade televisiva é levada em conta.

Não seria o preço do ingresso o maior problema, estádios estão vazios há muito tempo. A culpa não é dos gestores das arenas. Esses serão as próximas vítimas de um mercado que persiste na dependência da venda de seus astros, dos meios de comunicação e das marcas para sobreviver.


terça-feira, 23 de julho de 2013

O papa é pop.



"O Papa é Pop" é o quinto álbum de estúdio da banda brasileira Engenheiros do Hawaii, lançado em formato de LP e CD pela BMG em 1990.

Este foi o primeiro álbum produzido pelos próprios integrantes e marca a adoção de uma sonoridade mais próxima ao pop. Foi considerado o álbum mais vendido da banda - mais de 400 mil cópias nos primeiros anos.

Com ele os Engenheiros do Hawaii foram considerados a maior banda de rock do Brasil de 1990 pela revista Bizz.

Foto:Reuters/Sergio Moraes

Tanto o álbum quanto sua faixa título cabem muito bem a eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, um jesuíta.

A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loyola, que gravemente ferido na batalha de Pamplona em 20 de Maio de 1521, passou meses inválido no castelo de seu pai.

Durante o longo período de recuperação, Inácio leu livros para passar o tempo, dentre os quais Vita Christi (versão em inglês), de Rodolfo da Saxônia, e  Legenda Áurea, sobre a vida dos santos, de Jacopo de Varazze, monge cisterciense que comparava o serviço de deus a uma ordem cavalheiresca. Daí a inspiração para a nova ordem.

A rigidez da Companhia formou o novo papa. E desta rigidez, a proximidade e a preocupação com os mais necessitados, com a injustiça social e com a indiferença global.

Após sucessivos escândalos envolvendo pedofilia e fraude financeira, a cúpula católica decide por um papa mais novo, não-europeu, austero, sem frescuras e mimos. Que abdica dos sapatos vermelhos Prada, do ouro do anel de Pedro e das vestimentas ostentosas, dos privilégios e das regalias. Bem diferente de nossos políticos, que ofereceram um cafezinho no Palácio da Guanabara a um custo de R$1300,00 por pessoa.

Enxergo a escolha de Bergoglio como uma bela jogada mercadológica da santa igreja. Tanto que eu, que não sou nem mesmo católico ou cristão, estando muito mais próximo do ateísmo - embora goste de abordar temas religiosos sob uma visão menos mística e mais cultural, histórica, política, ideológica, filosófica, social e antropológica, escrevo este texto.

Se tal fato faz parte de uma estratégia mais elaborada para resgatar sua credibilidade frente a seus fiéis, não sei. Se o papa parece ser aquilo que aparenta, acho que sim.

O que importa é que vivemos um período crítico da humanidade onde existe uma perda significativa de valores morais e éticos fundamentais e Bergoglio, como Mandela e tantos outros, nos mostra quanto, pela sua postura e seu discurso.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Nunca antes na história deste país

A frase foi batidamente repetida por nosso último presidente sempre que desejava enaltecer e se apropriar de algo ou alguma ação.

E cabe perfeitamente para este despertar nacional, como também para o jogo final da Copa das Confederações.

O mundo percebeu que, apesar de sermos um povo acolhedor e pacífico, existia uma sufocada e cansada parte da população que, estimulada pelo dito movimento social organizado, tomou a voz, a ação e partiu para as ruas reivindicando direitos esquecidos pelas autoridades públicas nacionais.

Atos esses que culminaram com a literal invasão durante a cerimônia de encerramento que antecedeu a magnífica final onde foi aberta uma faixa contra a privatização do maravilhoso Maracanã.

http://www.correiodeuberlandia.com.br
Fato este que, somado a tantos outros chamaram a atenção da FIFA quanto as medidas que deverão ser adotadas na organização de suas competições, uma vez que, devido a sua grande penetração mundial, seus eventos poderiam se tornar alvo de manifestações políticas desviando a atenção geral, o que poderia desagradar patrocinadores.

O que também deveria chamar a atenção do COI e o COL dos próximos Jogos Olímpicos.

Verdade é que a forma de enxergar a organização e operação de grandes eventos esportivos mudou, ou deveria mudar.

Apesar de muitos radicais afirmarem que deveríamos boicotar a Copa das Confederações e de que aqueles que ali estavam, torcendo, não eram engajados, a cada jogo da seleção brasileira ouvia-se o continuar do hino nacional após seu protocolar corte, contagiando a todos - os que ali estavam, e os que assistiam pela TV.

Tamanho fervor nacionalista, livre de dogmas e doutrinas, focado por um anseio maior, chamava atenção dos estrangeiros e empurrava nossa seleção.

A cada jogo, uma vitória. A cada vitória, um passo a final.

E que final...

Com a melhor seleção da atualidade, a Espanha tinha as melhores cotações nas bolsas de apostas. Já o Brasil, vinha num crescer dentro da competição.

Repetindo uma disciplina tática com uma forte marcação da saída de bola espanhola, não houve espaço para o famoso tic-tac e o jogo bonito se fez presente.

UOL
Os espanhóis pareciam cansados ou estupefatos, pela pressão brasileira dentro e fora de campo, nas arquibancadas.

Mérito dos brasileiros, que envolveram seu forte oponente e raramente mudaram seu padrão de jogo até o fim da partida.

Diário de Pernambuco

3X0 foi o placar.

Valorizado pelo belo espetáculo apresentado, tanto pelo Brasil, quanto pelos espanhóis e pelo despertar da população - o maior legado deixado pela competição.




quinta-feira, 20 de junho de 2013

Conversa com meu pai

Nesta semana estive com meu e lhe perguntei: 

- E aí, sentiu saudades do seu tempo de líder estudantil?

Ele me respondeu, rindo:

- É... Mas no meu tempo, não fazíamos vandalismo.

Então eu disse:

- Mas é uma minoria... Talvez manipulada ou má intencionada. Que deve ser reprimida pelas forças policiais.

Daí ele concluiu:

- Se fosse um dos líderes da manifestação, ao primeiro sinal de vandalismo, afastaria todos e deixava espaço para polícia agir.

E eis que vem a sugestão pelas redes sociais para repetirmos nossos hermanos argentinos que, ao primeiro sinal de vandalismo, sentavam-se, facilitando a identificação dos meliantes.

Proponho então, que além disto, nos sentemos em frente as casas do executivo e do legislativo em ato de expor aqueles meliantes mais perversos deste país.

terça-feira, 18 de junho de 2013

#APatriadeChuteiras

fonte: Ministério do Esporte

Escrito deste modo, o título parece atual, mas não é. Remete ao período da ditadura quando o futebol fora utilizado como ópio para alienar a população.

Hoje, após uma bem organizada convocação popular pelas redes sociais, o Ministério do Esporte, cujo ocupante da cadeira é filiado ao Partido Comunista do Brasil e foi líder estudantil como presidente da UNE no período histórico citado anteriormente, utiliza a mesma frase através da hashtag #APatriadeChuteiras reiterando uma campanha de união pela hashtag #JuntosBrasil, o que acaba por ser lamentável.

E ainda tem mais, o ministro afirma (leia a matéria) que o governo não irá tolerar que os protestos atrapalhem ou impeçam a realização dos jogos da Copa das Confederações 2013.

Atos violentos que depedram patrimônio público ou agridam indivíduos devem ser repudiados, mas manifestações populares pacíficas, independente de quais sejam seus motivos, não. Faz parte da democracia.


Havia uma certa impáfia de nossos políticos até então.

Tanto que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, veste uma camisa, aparentemente da seleção nacional de volei com a marca do Banco do Brasil estampada.

Uma vez que o banco que patrocina o evento é o Itaú, nossa ministra posa serelepe cometendo uma das ações de marketing de emboscada mais fantásticas realizadas até hoje, na tribuna de honra ao lado do presidente da FIFA.

(Marketing de emboscada por associação ou por intrusão é criminalizado pela Lei Geral da Copa em seu Capítulo VII Arts, 32, 33 e 34 com pena de 03 meses a 01 ano de detenção ou multa.)

Achavam-se intocáveis, afinal, os resultados das pesquisas de popularidade sinalizavam altos índices a seu favor.

Não imaginavam ou fingiam não saber que havia uma boa parte de descontentes.

Agora tem a certeza.

Resta saber o que virá a seguir. Repressão. Conciliação. Apropriação.

Quem será o próximo Lindbergh a se beneficiar com tudo?

Melhor mesmo, seria a presença das loiras holandesas barradas na África do Sul só porque vestiam laranja, a frente das passeatas distribuindo suas cervejas, acalmando baderneiros e policiais.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Certo dia...

O mercado era equilibrado e altamente competitivo.

Concorrentes disputavam cada milímetro, cada centavo...

Era extremamente difícil e árduo aumentar sua a participação nele, até que em um dia qualquer, um sujeito que administrava uma organização 'A' teve a brilhante ideia que promoveria uma mudança radical no mercado e a levou ao conselho diretor:

- Vamos contratar os melhores e mais talentosos colaboradores de nossos adversários, oferecendo uma melhor condição de contrato de trabalho. Deste modo tornaremos nossa organização mais competitiva e enfraqueceremos a concorrência, disse.

Tal ideia foi recebida calorosamente pelos membros do conselho e o plano foi posto em prática.

Logo, verificava-se um fluxo de talentosos e brilhantes indivíduos migravam para a organização deixando a concorrência enfraquecida.

A chegada fez com que sua organização saltasse a frente das demais, ganhando uma fatia mais recheada do bolo mercadológico, mas trouxe alguns problemas:

Primeiro - seu grupo de colaboradores se sentia desprestigiado e pouco valorizado frente aqueles que ali se apresentavam e,

Segundo - a folha salarial fora inflada e o resultado líquido obtido pela ideia milaborante não fora tão alto como esperado.

Mas a concorrência não ficaria parada, percebendo o desequilíbrio do mercado tendendo para a organização 'A', trataram de movimentar-se oferecendo condições ainda mais atraentes, tanto a seus antigos colaboradores, quanto aos das demais organizações atuantes.

Uma distorção acabaria por surgir. O foco estava agora não nos bens de consumo ou serviços desenvolvidos e comercializados pelas organizações, mas sim na contratação de talentosos colaboradores, o que elevou o teto salarial destes indivíduos.

Devido a tal circunstância, as organizações passaram a firmar contratos com seus mais talentosos colaboradores estabelecendo cláusulas compensatórias de modo a cobrir não só os gastos com estes, mas estabelecer lucro.

Surgiram atravessadores, que intermediavam as negociações e faturavam com isso. Outros, aproveitavam-se da brecha estabelecida e se apoderavam das marcas e produtos das organizações, controlando-os.

No meio desta nova realidade, um outro sujeito, que administrava a organização 'B' teve uma outra ideia e a levou ao seu conselho de acionistas:

- Ao invés de gastarmos recursos para contratar talentos já existentes, vamos investir na formação de nosso próprio quadro de talentosos colaboradores... Economizaremos com custos de contratação e, nossos colaboradores se sentirão mais valorizados e prestigiados evitando o êxodo! Exclamou frente ao conselho.

Em resposta, recebeu a aprovação para tocar o projeto e estabelecer um novo paradigma mercadológico.

Seus colaboradores sentiram-se motivados a engajar na nova proposta de valorização de pessoal, produzindo mais e melhor.

Tal movimento fez com que a organização 'B' ultrapassasse a organização 'A' e se tornasse a nova líder do mercado, ganhando prêmios e valorizando a sua marca.

A concorrência, mais uma vez, não ficou parada.

Frente ao novo paradigma, tratou de utilizar práticas semelhantes, o que acabaria por produzir uma nova geração de ainda mais talentosos indivíduos e o risco de perdê-los fez com que as organizações acrescentassem mais algumas cláusulas compensatórias sobre investimento feito na formação no contrato firmado com seus colaboradores.

Mesmo assim, concorrentes ofertavam propostas substanciosas, inflacionando os custos com pessoal. Aquelas organizações que haviam investido na formação de seus colaboradores tinham duas opções: ou  cobriam as ofertas, mantendo-os em seus quadros ou negociavam com a concorrência.

Observadores eram contratados e enviados para pesquisar e recrutar novos talentos em organizações menores ou em cidades mais afastadas. Outros, autônomos, faziam o inverso, saíam a caça destes e ofereciam as grandes organizações mediante pagamento.

Tamanho caos, desvirtuou de vez o mercado, não havia mais o foco no produto, no fim. O objetivo passara a ser a obtenção de receitas através da negociação dos direitos oriundos dos contratos celebrados com seus colaboradores, o que acabaria por levar a um desequilíbrio financeiro na maioria das organizações.

Embora participando do caótico mercado, a organização 'C' tinha na sua gestão, sujeitos que gostavam e procuravam pensar de um modo mais heterodoxo, fora do padrão e com uma visão mais distanciada e ampla sobre o todo.

Certo dia, este grupo de gestores propôs algo que iria de encontro a tudo que estava sendo praticado até então.

- Retornaremos ao nosso objetivo inicial. Disse um deles.

- Investiremos na nossa produção, sem deixar de manter um programa de formação e atualização continuada de nossos colaboradores, além de criarmos um plano de cargos, salários e bonificações que valorizem o talento produtivo. Falou um outro.

- E não vamos parar por aí... Iremos procurar diversificar nossas fontes de receitas, sendo significativamente agressivos comercialmente, controlando os processos, inovando e atuando de modo transparente, dentro de fortes valores éticos e morais. Completou um terceiro, enquanto discutiam o tema no conselho diretor.

- Tem mais... Vamos abrir mão dos lucros obtidos com a negociação dos direito oriundos dos contratos firmados com nossos colaboradores, caso algum de nossos colaboradores deseje ir para a concorrência. Finalizou o primeiro.

Estupefatos, os conselheiros demoraram a compreender.

- Como assim? Não vamos mais ganhar este dinheiro?

- Não, só iremos aceitar uma indenização pelo investimento feito na formação deste colaborador descontando o tempo de serviço prestado.

- Por outro lado, vamos assumir o nosso negócio e passaremos a explorar nossa marca de modo pragmático e contínuo, agregando um maior valor a nossos produtos e serviços, e controlando todo o processo: da pré-produção ao pós-venda...

- Poderemos, num primeiro momento, sofrer algum revés, mas temos a certeza, segundo algumas pesquisas realizadas, de que sairemos na frente e nos manteremos por algum tempo assim até que haja uma reação da concorrência.

Finalizada a explanação, houve a aprovação da proposta e deliberação para que fosse colocada em prática.

Então um novo paradigma se estabeleceu, onde o sentido original havia sido retomado só que recheado de uma robustez estratégica focada na diversificação de receitas através de um incentivo sistemático de práticas inovadoras.

...

Não devemos deixar de dar a devida atenção a uma ideia ou conceito só porque foge do convencional. Do mesmo modo, não devemos continuar fazendo as mesmas coisas sem saber sua razão só porque todos as fazem.

O melhor dos mundos é estar focado em seus objetivos sem se descuidar da visão de longo prazo, saindo da caixa, vez ou outra, para buscar um novo ângulo, uma nova perspectiva.

Sou radicalmente a favor de deixar de lado o lucro advindo das receitas provenientes de cláusulas compensatórias presentes em contratos especiais de trabalho esportivo pactuado entre entidades de prática esportiva e atletas profissionais.

Somente assim, entidades de prática esportiva passariam a valorizar uma carteira formada por várias fontes de receita, buscando explorá-las de modo contundente e saindo da fatídica roda do endividamento eterno.

Difícil crer, de acreditar que isto seja possível, mas é. Sei que é... E começo a ter uma ideia de como fazê-lo.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um negócio chamado futebol

Com Neymar, receita do Santos triplica em três anos.

Este é o título da matéria publicada no Jornal Valor no dia 27/05/2013.

Em 2009 o Santos havia faturado R$ 70,4 milhões e após três anos com Neymar, sua receita teria chegado a R$ 197,84 milhões.

Só com receita de publicidade, houve um crescimento de 181% no período. Parte deste ganhos veio dos contratos de exploração da imagem entre o jogador e seus 13 patrocinadores.

Agora, o jogador se foi... E o clube acertou em negociar, pois seria ganhar um pouco mais ou nada.

Mas o modelo de negócio adotado no Caso Neymar pelo Santos demonstra que, cada vez mais, as entidades de prática esportiva devem investir em um eficiente departamento de marketing, incutir a idéia de que o jogo também deve ser vencido fora de campo e que estas vitórias trarão receitas significativas para tornar a equipe ainda mais competitiva dentro das quatro linhas.

Em um outro extremo encontramos David Beckham, pendurando suas chuteiras, mas nem por isso, deixando de explorar a sua imagem... Articulistas e jornalistas, divagam sobre qual será seu próximo passo: investir no mercado da moda masculina, continuar envolvido com o futebol de algum modo e beneficiar-se disto mantendo sua imagem associada a diversos produtos, financiar obras assistenciais e, atuar, quando quisesse, como modelo na grife de sua mulher deixando aberto o mercado para sua expansão... Não se sabe.

Verdade é que enquanto um continua sendo, o outro acaba de chegar e ainda tem um longo caminho pela frente.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Think different


The text is not mine, it is from Steve Jobs, but contains part of my personal philosophy about human behavior.
Here's to the crazy ones.
The misfits.
The rebels.
The troublemakers.
The round pegs in the square holes.
The ones who see things differently.
They're not fond of rules, and they have no respect for the status quo.
You can quote them, disagree with them, glorify and vilify them.
About the only thing you can't do is ignore them because they change things.
They push the human race forward.
And while some may see them as crazy, we see genius.
Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do.

Be a #Thinker, make it happen. 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Origens do futebol: Tsu Kuh


As primeiras manifestações de práticas similares aos fundamentos do futebol atual surgiram entre 3000 e 2500 AC na China.

Durante a dinastia do imperador Huang-ti, era costuma chutar crânios dos inimigos derrotados, embora indícios arqueológico dessa prática também tenham sido encontrados entre arianos nômades, tártaros, na Pérsia e África Central.

A grande diferença entre os achados está no fato de que a variação chinesa seria jogada com os pés.

Sua primeira forma foi documentada como tsu’Kúh (pronuncia-se quidju) cuja tradução mais próxima seria lançar com o pé (tsu) uma bola recheada feita de couro (Kúh).

Tal modalidade seria utilizada como parte do treinamento militar e logo se popularizou, tornando-se um passatempo da nobreza chinesa.

Somente na dinastia Han, o tsu’Kúh passaria a ser praticado pelas demais camadas sociais.

It must


I am really tired about mankind behavior, the lack of brotherhood between all is the signal that we are about to loose the game.

Inopportune attitude from italian supporters against Balotelli brings to sport what is happening in our global society.

Edmund Burke said once that the evil only prevail when good will men do nothing and, yes, the evil is winning, I believe.

It is time for a change, a deeply and serious change.

The rescue of the ethics, strong moral values and brotherhood, putting them all above other private interest.

We are not different from each other, there are no race, only one specie: homo sapiens.

As homo sapiens we should use our sapiens side and learn that our ethnics characteristics bring the beauty of a colorful and diversified palette.

Together, we could promote the development of mankind through interchange and exchange, sharing creativity, entrepreneurship and expertise.

On every single day, we have the chance to be much more than the day before.

Share tolerance, respect other's right and make what you want to receive from them.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

X-tudo

globoesporte.globo.com

Marquei um X, um X... Cantaria a Xuxa.

Desta vez no Maracanã S/A e com a participação da Odebrecht (90%) e da gigante do entretenimento AEG (5%).

Nada de mais. Somos a cidade olímpica. Vai ser bom para o esporte nacional.

Talvez, a não ser pelo fato da demolição do Célio de Barros e, provável demolição, do Júlio Delamare para dar mais espaço a um... Estacionamento. Não sabia que existiam provas olímpicas utilizando automóveis.

Licitação vencida a parte e concessão feita, o projeto é o terceiro no mundo a ultrapassar 1 bilhão de reais.

Mais o imbróglio ainda está longe de ser resolvido, além da pendência judicial sobre o parque aquático, corre um processo do MP carioca para impedir a concessão.

Como assim? Já não estava tudo certo?

Não. Na ação, o MP afirma que o processo licitatório favoreceu o consórcio vencedor e contesta a necessidade de demolição dos já citados equipamentos esportivos e da escola municipal Friedenreich no entorno do estádio.

Tem mais, uma outra disputa corre por fora.

A Golden Goal, operadora dos camarotes desde 2005, obteve um mandato d segurança para retirar o item referente a comercialização dos respectivos camarotes da licitação, alegando que seu contrato está vigente e dura até 2015.

No final das contas, só podemos enxergar uma coisa: não é só o futebol que necessita de uma gestão profissional e competente neste país.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Monopólio e Competitividade [Cont.]

LIGA
PAIS
TCL
TCA
TCA/TCL
HHI
%HHI
LA LIGA
ESP
20
9
0,45
0,325
32,5%
PREMIER LEAGUE
ING
20
11
0,55
0,230
23,0%
SERIE A
ITA
20
11
0,55
0,230
23,0%
BUNDESLIGA
ALE
20
10
0,50
0,275
27,5%
BRASILEIRO A
BRA
20
15
0,75
0,100
10,0%


Desta vez, foram utilizados os dados referentes a temporada 2012/13, no caso das ligas européias e da temporada 2013 no Brasil.

Em todas as ligas, o número de participantes é o mesmo, porém a quantidade de campeões varia entre 09 (ESP) e 15 (BRA).

Para o cálculo do índice HHI, foi levada em conta a relação entre Total de Clubes Campeões - TCA e Total de Clubes na Liga - TCL.

Conforme já foi comentado, quanto mais baixo for o índice HHI mais competitivo e saudável para o mercado é o ambiente.

Percebe-se facilmente, que o ambiente mais saudável é encontrado no Campeonato Brasileiro Série A.

Em segundo, aparece a Bundesliga com um share de 50/50, determinando um índice HHI de 0,275.

A Serie A italiana e a Premier League inglesa tem uma concentração ligeiramente maior do que a liga alemã, com um índice HHI de 0,23.

O ambiente menos competitivo e mais concentrado tendo um índice HHI de 0,325, portanto mais nocivo ao mercado, é o da La Liga, na Espanha.

Em um evento esportivo, quanto mais disputa, maior relevância para seu público-alvo.

O consumidor de esporte é movido, na maioria dos casos, pelo prazer de vivenciar, participar e compartilhar momentos de forte apelo emocional, e isto só pode ser promovido em um ambiente de alta competitividade.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Monopólio e competitividade

"Onze campeões nos últimos dez anos mostra a falta de qualidade. Onde tem qualidade tem menos campeões", disse Tim Vickery no programa Redação do canal SporTV.

Ainda bem que o Rizek discordou e com razão.

Existe um índice de análise econômica - Herfindahl–Hirschman Index (HHI), que serve para avaliar o quão competitivo é um mercado de acordo com a classficação abaixo:

  • Um HHI abaixo de 0,01 indica um ambiente altamente competitivo. 
  • Já um HHI abaixo de 0,15 um ambiente não concentrado e alguma competitividade. 
  • Enquanto um HHI entre 0,15 e 0,25 indica um concentração moderada e pouca competitividade.
  • Um HHI acima de 0,25 indica uma alta concentração e muito baixa competitividade.

Pois bem se aplicarmos este índice num evento esportivo podemos obter alguns resultados interessantes.

Em eventos nos quais sua disputa fica entre uns poucos participantes e que se repetem ao longo das temporadas, o índice tende a determinar uma baixa competitividade, sinalizando monopólio.

Por outro lado, eventos nos quais exista uma quantidade maior de participantes que se alternam na sua conquista ao longo dos anos, o índice tende a determinar um padrão de alta competitividade, não sinalizando um monopólio.

A fim de elucidar quais das afirmativas dos jornalistas estaria correta, realizei um simples estudos sobre as principais ligas européias e o Campeonato Brasileiro:

La Liga*, Espanha.
09 clubes conquistaram 81 títulos.
Apresenta um índice HHI de 0,26.
65,43% dos títulos divididos entre Real Madrid e Barcelona (65,43% dos títulos) determinando forte monopólio.
Ambiente de alta concentração e muito baixa competitividade, portanto nocivo ao mercado.

Premier League*, Inglaterra.
23 clubes conquistaram 114 títulos.
Apresenta um índice HHI de 0,09.
44,74% dos títulos disputados estão com Manchester United, Livepool e Arsenal.
Ambiente não concentrado e com média-alta competitividade, favorável ao mercado.

Serie A*, Itália.
16 clubes conquistaram 109 títulos.
Apresenta um índice HHI de 0,15.
Concentração de títulos pela Juventus com 26,6%.
Junto com Internazionale e Milan detém 59,63% dos títulos disputados.
Ambiente com concentração moderada e pouca competitividade, não tão favorável ao mercado.

Bundesliga*, Alemanha.
29 clubes conquistaram 101 títulos.
Apresenta um índice HHI de 0,09.
Concentração de títulos: Bayer Munich com 22,77%.
34,65% dos títulos estnao divididos entre FC Nuremberg, Borussia Dortmund, Schalke 04, Hamburger SV e VfB Stutgart.
Ambiente não concentrado e com média-alta competitividade, favorável ao mercado.

Campeonato Brasileiro Série A**, Brasil.
17 clubes conquistaram 57 títulos.
Apresenta um índice HHI de 0,088 - O mais baixo índice das ligas estudadas.
Concentração de títulos entre Santos e Palmeiras, detendo 28,07%.
Conrinthians, Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, juntos detém 33,33% dos títulos.
Ambiente não concentrado e com média-alta competitividade, favorável ao mercado.

Do ponto de vista econômico, o monopólio (nenhuma ou baixa competitividade) não é saudável e é por isso que órgãos governamentais de antitruste, como o CADE no Brasil, intervém em algumas fusões e aquisições de empresas, permitindo ou não que tal ato aconteça, sempre defendendo a tese de que um ambiente competitivo seja mais saudável.

É bom para a economia de um país manter mercados altamente competitivos e pulverizados por diversos concorrentes, gerando desenvolvimento e inovação.

Educar, lecionar, relacionar-se



"Os professores não ganham um monte de dinheiro. Eles geralmente não são considerados dignos de cobertura dos noticiários a menos que haja um escândalo ou uma greve. Na maioria das vezes, as suas principais realizações são compartilhadas apenas com colegas e familiares e não nos meios de comunicação. Tal celebração é frequentemente interrompida por alguma catástrofe no dia seguinte. No entanto, apesar dos altos e baixos, eu não posso pensar em outra profissão que me traga mais alegria e desafio em uma base diária." Rita F. Pierson.

Filha e neta de educadores, esta jovem professora nos ensina que é preciso estabelecer um relacionamento para poder educar. Sem isto, não existe nenhuma conexão e o conteúdo será em vão.

Não importa se você gosta ou não gosta de alguns de seus aluno - geralmente aqueles pelos quais voce sente menos afinidade nunca faltam - , você nunca deve transparecer isto.

Um educador, deve ser um ator e, atuando, deve construir um sólido relacionamento com seus alunos, incentivando-os e levando-os além dos seus falsos limites.

Assuma seus erros, peça desculpa, não existe problema nisto, e nem em dar uma nota baixa... O relevante é a perspectiva.

Olhar o lado bom e incentivá-los. Construir uma mudança, agregando positivismo.

Educar por profissão é fazer a diferença na vida de cada um.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Competências PSE



A devida qualificação e especialização profissional para desenvolver uma determinanda função eleva as chances de empregabilidade de qualquer um dentro de um mercado.

Quando associada a um conhecimento em áreas afins e com o aprendizado de idiomas estrangeiros, ampliam ainda mais suas possibilidades, aumentando o campo do especialista e lhe concedendo uma visão mais ampla e abrangente.

Sua experiência profissional adquirida ao longo de vida, sempre servirá como facilitador para aquele que postula uma entrada em um mercado que já lhe é familiar.

A história escrita ao longo de sua trajetória de vida e da sua família com heranças, bens emocionais e vivências dão a cada um as características que irão diferenciá-lo no mercado e permitirão um olhar mais peculiar sobre o cargos e suas atividades.

Mas estar qualificado profissionalmente não será o suficiente para garantir a entrada no mercado desejado.

Para otimizar suas chances, deve-se adquirir mais conhecimento sobre o setor almejado, identificando seus principais atores, como se relacionam e interagem entre si.

Deve-se descobrir por onde circulam, como frequentar os mesmos ambientes e de que modo apresentar-se. Feito isto, definir quais ações e os recursos serão necessários para que ocorra uma aproximação com o fim de propiciar um contato direto.


Uma vez estabelecida entrada com as relações formadas, o reconhecimento positivo do mercado sobre você propiciará sua valorização, gerando maiores e melhores benefícios.

Embora qualificado e com as conexões certas, ao surgir uma oportunidade, deve-se ter a preocupação sobre sua condição emocional para o enfrentamento de diversos fatores estressantes relativos a função oferecida.

O primeiro deles refere-se ao cargo e a função em si, seu nível hierárquico e grau de responsabilidade dentro de uma organização.

O segundo refere-se ao local, seja a região geográfica, seja a instituição na qual será realizado trabalho.

O terceiro estaria relacionado as pessoas, com quem será realizado o trabalho, tanto internamente, quanto externamente, direta ou indiretamente.

Por último e não menos importante está o momento.

Sua decisão deve ser precedida do estudo destes fatores comparando-os aos benefícios a serem somados na sua carreira profissional, ao retorno financeiro propiciado e a qualidade de vida.

De nada adianta estar profissionalmente capacitado se, emocionalmente não existam condições favoráveis ao suporte do estresse, seja negativo ou positivo, oriundo, principalmente, das relações sociais referentes a função.

Cuide para que desenvolva rapidamente sua capacidade emocional de lidar com o estresse em seus diversos níveis e esteja pronto para oportunidade.

Respeito


Be your own



You are born an original, do not die a copy, says John Mason.

Inspired by this quote, Banpot Chaiwong made this very creative graduation animation.

And instigated by both, I reply them saying... 

Sometimes, environment suggestions could brutally block our originality. The daily routine transforms us into mere human replicant machines while we are not awake.

It is time to wake up and escape from all barriers, walls and boundaries raised and designed to repel creativity.

Be your own, be yourself.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Utopia


O que é utopia, 
senão o horizonte.

 Nos faz caminhar,
ao seu encontro.

Mantendo-se,
sempre distante.

Incentivando,
nos faz viver.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Uniforme "limpo": sim ou não? [Editado]

O esporte possui uma linguagem universal. E o futebol extrapola fronteiras, tornando tal linguagem, globalizada.

O mercado sabe disso e utiliza este conteúdo para promover ações comerciais e publicitárias de modo a se aproximar de seu consumidor, patrocinando eventos, clubes, equipes e atletas.

Poucos são os protagonistas do mercado do esporte que percebem seu poder de penetração nas diversas camadas sociais e a utilizam a seu favor, exigindo um maior aporte daquelas marcas que decidem expor nos espaços publicitários disponíveis e em demais propriedades, explorando suas potencialidades dentro de um planejamento estratégico que também inclua objetivos comerciais e financeiros, além dos resultados esportivos.

Mas uma vez percebido, seria realmente necessário expor uma marca em seu uniforme ou existiriam outros modos de lidar com tal receita?

A percepção do valor da capacidade de comunicação universal do esporte é um tanto míope para a maioria de seus protagonistas.

Clubes de futebol, mais especificamente, clubes de futebol no Brasil possuem uma gestão focada no envolvimento emocional e abnegado de seus principais dirigentes.

Mesmo quando gerenciados por profissionais, como os grandes clubes europeus, persistem num modelo de comercialização de espaços publicitários em seus uniformes para garantir parte das receitas necessárias para cobrir seus custos.

Quando o patrocínio extrapola a simples compra destes espaços, avançando para uma parceria mais contundente, surge um problema maior quanto a crescente dependência financeira neste modelo e pior, uma ingerência do patrocinador na gestão do patrocinado, cerceando sua autonomia administrativa.
Por outro lado, no extremo oposto da relação patrocinador/patrocinado, as ligas esportivas norteamericanas desenvolveram um modelo de negócio baseado na transmissão de seus eventos e no endosso de marcas, mantendo “limpo” os uniformes de seus times.

Este modelo, consiste em assinar, ou seja, endossar a marca, produto ou serviço do patrocinador da liga ou do time, colocando sua marca nos anúncios e embalagens dos produtos do patrocinador.

Deste modo, toda a atenção durante seus eventos volta-se para o jogo em si e seus protagonistas em campo, o que acaba por valorizá-los ainda mais, garantindo maior receita na negociação de seus direitos televisivos, onde a estratégia adotada visa o fortalecimento da liga, do todo e não de um ou outro time.

No fundo, vender ou não os espaços publicitários nos uniformes seria uma questão irrelevante, sendo o mais importante reconhecer a capacidade de penetração do esporte dada a sua linguagem universal, a extrema necessidade dos meios de comunicação em ter este conteúdo para gerar audiência, valorizar e gerar o interesse das agências que escolhem quais meios serão utilizados pelas marcas que as contratam, e as empresas, detentoras das marcas, que utilizam sua associação com valores esportivos de modo estimular o consumo e gerar mais vendas de seus produtos.

Uma vez reconhecidos os interesses das partes envolvidas, deve se estabelecer quais as estratégias serão adotadas, com objetivos e metas definidos para garantir uma melhor tomada de decisão sobre qual modelo de patrocínio deverá ser escolhido. 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

A mais desprezível da profissões [revisado]


Dizem que ser professor é vocação, eu digo que é maldição, pelo menos por aqui.

Desprezível é a profissão que ensina, ou ao menos tenta ensinar a pensar, a refletir e a agir. 

Isso traz problemas, e muitos. Povo pensante, reflete frente à oferta e a sua realidade. 

Pior, começa a tomar suas próprias decisões e a agir por conta própria. 

Populistas, sejam políticos, sejam de entidades de classe ou de movimentos sociais, tremem diante tal possibilidade.

Por isso nos sobra, é eu também sou professor, o resto do resto do resto do resto. 

Pesquisa da Unesco revela que os professores no Brasil recebem o terceiro pior salário no mundo, sendo que por aqui, é o pior salário entre profissionais de nível superior.

Isso quer dizer que, segundo a pesquisa, 60% dos professores na região nordeste recebem cerca de R$530,00. A média nacional dos docentes da educação básica é de R$927,00 mas a mediana é de R$720,00.

No Japão, professores formam um grupo social o qual até o seu imperador o reverencia. 

Na Coréia do Sul, seu salário se aproxima ao dos ministros de estado. 

Tigres e dragões asiáticos investiram em políticas educacionais onde a figura central e mais valorizada é a do professor.

Em cada país citado, existem professores orgulhosos por sua vocação. 

Por lá, sê-lo não é maldição.

Já aqui, em nossas terras tupiniquins, nem mesmo entre os aborígenes locais, ser professor é valorizado. 

São caçados e estão em extinção. Vê-los ou tê-los por perto é algo cada vez mais raro.

Esgotados por suas rotinas diárias entre dois, três, quatro empregos, por vezes, em três turnos, indo além das 44 horas/trabalho semanal.

Responsável por ensinar o conteúdo programático, avaliar, corrigir e educar uma maioria de alunos deseducados, sem nenhum valor moral ou ético, sem compromisso com a sua formação e sem a preocupação de seus familiares.

Haverá um dia que um professor receberá um dos salários mais altos do país.

Quando isto acontecer, serão alguns poucos sobreviventes por aí, na selva do sistema educacional.

E de tão raros, finalmente terão por suas cabeças, um alto prêmio.

What they see is much different than yourself's image



Real Beauty Sketches from John X. Carey on Vimeo.

A very interesting experiment where people were asked to describe their faces for a FBI forensic artist.

It starts by the artist seated and a person comes from behind him, seats. There is a courtain between them. He asks questions about her eyes, cheeks, lips, hair and so on.

When he finishes the drawing, the person leaves and other comes in. 

This one was introduced to the first before the experiment session. The artist starts asking about the person who left and the same routine was done again.

By the time it is finished, the person leaves.

The result? I won' tell you, just take a look...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Uns e outros

Uns recebem,
e reclamam.

Outros recebem,
e nem agradecem.

Uns recebem,
e agradecem.

Outros recebem,
e partilham.

Uns doam,
esperando a troca.

Outros doam,
sem esperar.

Sabendo que,
doar não empobrece.

Enriquece e fortalece,
quem doa e quem recebe.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Um dia triste

Como um esportista que adora correr, fiquei preocupado com o acontecido em Boston.

O esporte deveria ser um momento para se celebrar a paz e a fraternidade entre os homens, nunca a violência.

Infelizmente, a humanidade coloca suas diferenças acima das suas semelhanças.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

De Barcelona ao Rio [revisado]


Em 1992, os EUA tiveram um excelente desempenho como de costume para, logo em seguida, em Atlanta aumentarem significativamente o número de medalhas.

Já em 2004, foi a vez da China, aumentando seu número de medalhas para atingir o topo na própria casa em 2008.

Nesta mesma edição, O Reino Unido já fazia seu dever de casa aumentando a participação de seus atletas em finais o que acabou por gerar a terceira colocação no ranking de medalhas em Londres 2012, somente atrás das grandes potências esportivas, EUA e China.

E o Brasil? Melhorou? Sim, e se formos relativizar, obteve um aumento de 50% em medalhas de ouro, 25% em medalhas de prata e 12,5% em medalhas de bronze. No total foram 3 medalhas a mais em relação a última edição perfazendo um ganho de aproximadamente 20%. Um desempenho, em números, muito bom.

O problema não está no fim. O COB disponibilizou toda a estrutura necessária ao atendimento dos atletas e equipes olímpicas, tendo, inclusive, colocado a disposição uma equipe multidisciplinar de profissionais para demandas necessárias a sua preparação neste ciclo olímpico, inaugurando junto com a prefeitura do Rio de Janeiro, seu primeiro centro de treinamento.

O mais grave problema está na ausência de políticas públicas de incentivo ao esporte dentro de um plano nacional de longo prazo, que permitam estabelecer quem são seus atores e suas respectivas responsabilidades, bem como inserir a Educação Física como disciplina obrigatória no currículo do ensino infantil, fundamental, médio e universitário, garantindo a massificação da prática esportiva.

O principal e mais importante agente neste cenário, o professor de Educação Física, tem sido desprivilegiado, sem o devido reconhecimento e importância.

Mas isto não é o mais relevante para um país que destina apenas 7% do seu PIB para investir em Educação.